Sabe aqueles livros que te prendem do início ao fim e te tiram até o sono enquanto você não os termina? Pois é, terminei A Escolha (o último livro da trilogia A Seleção, escrita pela estadunidense Kiera Class) na semana passada e estou até agora em abstinência da história. Não consigo começar outro livro porque nenhum outro me parece tão bom quanto, juro. Haha! Por essas e outras já digo que essa é a minha mais nova trilogia favorita de todos os tempos e não podia deixar de vir compartilhar com vocês essa “descoberta”.

A Seleção é o primeiro livro da trilogia. Tem essa capa linda (assim como os outros dois) e é o livro que, obviamente, nos introduz toda a história e seus personagens. Ela se passa em um jovem país chamado Illéia, o antigo Estado Americano da China e ainda mais antigo Estados Unidos. Em Illéia, a população é dividida em oito castas, sendo a primeira a realeza, e a oitava a mais miserável.

America Singer, a protagonista, pertence à quinta casta (é uma Cinco, como eles chamam) e é uma cantora que embora goste muito do que faz, não se conforma com a desigualdade de seu país, que fica ainda mais evidente pelo sistema de castas. Sua indignação é ainda maior porque está apaixonada por Aspen, mas os dois só podem se encontrar escondidos já que ele é um Seis e sua família (com exceção de seu pai) nunca aceitaria que ela se casasse com um homem de casta inferior. O plano, então, é trabalhar e juntar dinheiro para que os dois pudessem finalmente se casar sem depender da ajuda e apoio de ninguém.

Tudo muda quando a família real de Illéia anuncia que está selecionando candidatas para participar da Seleção, um reality show que reunirá 35 meninas no castelo, por tempo indeterminado, para disputar o coração do princípe Maxon. A ideia de se inscrever para o programa nem é cogitada por America, que está certa de seus sentimentos e seu futuro com Aspen, mas sua família e o próprio Aspen (justificando que não se perdoaria por fazê-la perder uma oportunidade que poderia mudar sua vida) acabam a convencendo a participar da seleção. Mesmo contra sua vontade, America decide se inscrever por estar estar certa que não será selecionada. Mas é aí que ela se engana.

A Elite é o segundo livro e por motivos de: spoiler vou ser bem breve na resenha dele e do próximo. Acontece que “Elite” é como é chamado o pequeno grupo de seis finalistas da Seleção. A disputa fica mais acirrada e America (que obviamente está na Elite, acho que isso não é spoiler para ninguém) tem que aprender a lidar com as personalidades difíceis de algumas de suas concorrentes, com a eliminação de amigas-concorrentes, com seus sentimentos não muito resolvidos por Maxon, com algumas outras surpresas que recebe e descobre no castelo e, principalmente, com seus impulsos. A família real e algumas castas também estão sofrendo ataques dos rebeldes, por isso o cotidiano de America vai ficando cada vez mais difícil e a saudade da família maior. Enfim, A Elite é um livro cheio de conflitos e mudanças, e que assim como todos os outros te faz “engolir” o livro querendo saber o que acontece a seguir.

No último livro da trilogia, A Escolha, restam três meninas da disputa e America já está bem mais segura do que antes sobre o que quer (e o que não quer). Pelo seu jeito impulsivo e idealista, ela acaba conseguindo a inimizade do rei e sua permanência no castelo fica ameaçada. Os ataques e desafios continuam, mas a novidade é que agora ela tem um (ou até mais) motivo cada vez mais concreto para continuar no castelo, e decide lutar por ele. Enfim, o último livro de uma trilogia geralmente é mais “tranquilo”, com tudo se resolvendo e as pessoas felizes. A Escolha não. Tinha tanta coisa acontecendo até as últimas páginas que por várias vezes me peguei folheando o livro até o fim para ver se ia dar tempo mesmo de resolver tudo. Hahaha!

Bom, como vocês já devem ter percebido, a trilogia em si é bem leve e corrida – se é que isso faz sentido. Daquelas que você nem percebe que está lendo tanto, sabe? Terminei todos os livros MUITO rápido e, como disse no início, até agora não consegui começar outra história porque não consigo me desvincular dessa. Por mais que eu não tenha comentado muito sobre isso, o romance também é um lado forte (e lindo, e de suspirar… haha) do livro. Embora haja muitos conflitos, tudo gira em torno de “histórias de amor” bem reais. Aliás, esse é outro ponto importante: por mais que seja um livro distópico, tem muuuuita realidade envolvida. Tanto que você até esquece que a história se passa num castelo, há muitos anos à frente, envolvendo príncipes, reis, rainhas…

Quanto às informações técnicas, A Seleção, A Elite e A Escolha foram lançados no Brasil pela editora Seguinte, têm cerca de 300 páginas cada, capa mole e folhas amareladinhas (do jeito que eu gosto). Estão à venda separadamente, mas eu sugiro comprar o box porque sai muito mais em conta, como vocês podem ver aqui no Submarino. Enfim, vou repetir mais uma vez que AMEI a história e super recomendo para quem busca um romance rápido e leve! Não vou me surpreender se daqui uns meses eu esteja os lendo novamente… haha

Agora, antes de acabar o post, deixa só eu fazer um comentário aleatório: achei o máximo ter conhecido essa trilogia sem querer, no site do Submarino, quando estava escolhendo alguns box para ganhar de presente do namorado (haha). Na época nunca tinha ouvido falar dos livros (hoje eles já são super conhecidos e fáceis de achar) e o terceiro nem tinha sido lançado ainda – o que me fez pensar que eram só dois, e me deixou em depressão quando terminei o segundo e descobri que teria que esperar o lançamento do terceiro. Por sorte isso aconteceu rápido, no mês passado, e eu logo dei um jeito de adquiri-lo. Haha! 😉

UFA! Falei demais, né? Me perdoem, mas é que me empolgo quando estou falando sobre livros que gosto. Mas espero que tenha servido ao menos para convencer alguém a ler a trilogia e vir comentar comigo sobre a história.