Para quem não sabia, além da faculdade de jornalismo (que já está na reta final, yay!) também comecei a estudar moda no primeiro semestre desse ano. Por quê? Porque é um assunto que sempre me interessou e, desde que escolhi jornalismo como “primeira opção de curso”, já sabia que era jornalismo de moda o meu foco e por isso decidi aproveitar esse ano para iniciar essa “junção”. Agora, após um semestre de curso, acho que já consigo falar um pouco sobre o curso, minhas experiências e ajudar de alguma forma quem está pensando em escolher moda no próximo vestibular.

A primeira coisa que eu tenho para dizer é: nunca escolha (ou julgue) moda achando que é um curso fácil, fútil e/ ou que só pessoas indecisas fazem. Não vou negar que por alguns momentos escolhi fazer as duas faculdades ao mesmo tempo achando que não teria problemas já que “moda deve ser tranquilo”. NÃO É! Aliás, é por isso que esse semestre já precisei trancar para conseguir encarar o jornalismo e um novo estágio. Só faz moda que realmente gosta da coisa e quer seguir uma carreira em alguma das muitas áreas que ela oferece. Não é porque você gosta de se vestir bem que moda é o curso ideal para você: na faculdade você terá que aprender a desenhar suas roupas, aprender sobre suas cores, tecidos, estampas, técnicas, histórias, designers… Além de saber costurá-las (essa é a pior parte para mim)! E tudo isso minuciosamente, com semestres e semestres de aulas para cada um desses tópicos, não apenas como a gente aprende por aí em revistas e sites de moda.

Bom, sobre a minha experiência, como já fazia outra faculdade, consegui aproveitar várias cadeiras e tive a sorte de precisar fazer apenas as mais práticas do primeiro semestre – o que adorei porque acho que é através das cadeiras práticas que você tem uma noção melhor do que é o negócio, né? No total fiz três cadeiras (e vários créditos): Desenho I, Experimentos em Design I e Introdução à Computação Gráfica.

Uma das minhas dúvidas principais sobre a faculdade de moda era se eu precisava saber desenhar para entrar, e a resposta é NÃO! A primeira cadeira de desenho serve justamente para isso: ensinar os traços, as técnicas e tudo o mais que você precisa para ter uma boa base. Aliás, esse é outro ponto importante: não pense que você vai desenhar croquis, criar mil peças de roupas e estampas, e usar mil lápis de cores e canetas especiais logo no primeiro semestre. Isso não acontece, justamente porque você tem que aprender todos os passos e começar aos poucos (isso inclui atividades chatas de repetição, por exemplo). Entrei em Desenho I desenhando bonecos de palito e saí sem aprender a desenhar bonecos de verdade (haha!), mas tendo uma bela noção de como copiar e criar rostos, cabelos, reproduzir sombras e iluminação, combinar cores, seguir perspectivas, e por aí vai.

O meu principal desafio foram as aulas de Experimentos em Design I, que nada mais eram do que costurar, costurar e costurar. Só que eu não sabia nem enfiar a linha na agulha! Sério, gurias, não fazia ideia nem de como ligar a máquina. Foi uma cadeira tensa, mas com o passar das aulas (e aulas extras que eles disponibilizam, mas eu não tinha tempo de ir) você consegue tranquilamente realizar os exercícios e até pegar uma boa base. Apesar disso, não vou negar que essa é uma área da moda que nunca escolheria como profissão. Eita coisa difícil, viu?!

Por último, a cadeira que mais gostava: Introdução à Computação Gráfica. Adoro tudo relacionado à tecnologia e edição de imagens, e essa cadeira falava exatamente sobre isso. As aulas eram todas no laboratório de informática, onde aprendíamos a usar programas super usados por designers hoje em dia, como o PhotoShop, o Illustrator, o CorelDraw… Neles reproduzíamos desenhos, fazíamos colagens, maquiagem digital e vários outros trabalhinhos que foram super úteis para mim, principalmente para fazer as montagens e tratar as fotos aqui do blog!

Enfim, essas foram as cadeiras que EU fiz e as impressões que EU tive. Mas falando de um modo mais geral, é uma faculdade que eu acho incrível e que assim que conseguir voltarei certamente! E para quem gosta também, acho que vale a pena principalmente por te oferecer várias áreas de atuação, como consultoria, estilismo, produção, modelagem, coordenação, fotografia e por aí vai.

Ah, vale lembrar que para atuar na área, dependendo das suas ambições, você não precisa fazer uma faculdade completa, podendo optar por cursos técnicos (acredito que os do Senac sejam os mais conhecidos aqui no Sul). No meu caso, se alguém se interessar, estudei na UniRitter aqui de Porto Alegre e achei uma super faculdade, com boa estrutura e professores capacitados.